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FOTO OSCAR 2002 atribuido a Tecnolab Digital outorgado pela Revista Foto / Vendas


Entrevista de capa com Manuel Figueiredo, gerente da Tecnolab Digital

TÍTULO: “A tecnologia aproxima o homem da perfeição”

ENTRADA: Manuel Figueiredo é o pioneiro da impressão digital no nosso país. Nesta entrevista, o proprietário da Tecnolab Digital, um grupo de lojas com sede em Leiria, presenteia os leitores com o testemunho histórico do aparecimento dos sistemas digitais em Portugal baseado na sua própria experiência. Num espaço de tempo de 10 anos, as grandes dificuldades sentidas ao início e o elevado custo dos equipamentos deram lugar ao optimismo de um homem que continua na vanguarda do mercado.


foto/VENDAS DIGITAL- Quando entrou na “era digital”?
MANUEL FIGUEIREDO- A entrada na tecnologia digital foi complicada. Quando comecei nesta área, em 1992, pensava que o mundo estava muito mais evoluído do que a realidade com que me deparei. Analisei o mercado e viajei até Colónia para visitar a Photokina na procura de um equipamento que me permitisse trabalhar a imagem – por exemplo, inserir texto – e imprimi-la.
Nessa altura, havia muitos pedidos de restauro de fotografias antigas que tinham de ser pintadas à mão. Contudo, cada vez menos pessoas realizava este tipo de trabalho, bem como revelava a preto e branco, pelo que a urgência de uma solução que permitisse tratar/modificar e imprimir as tomadas de vista já era uma necessidade na altura.
Este foi o primeiro passo na concretização de um sonho actual, que demorou dez anos.

f/V. – Que momentos melhor recorda da última década?
M.F. – Estive dois anos completamente sozinho nesta área em Portugal. Realizei avultados investimentos no digital, enquanto os restantes profissionais duvidavam que existia futuro na associação entre as novas tecnologias e a imagem.
Foi um percurso penoso e muito complicado. Dou como exemplo o facto de ter demorado anos a calibrar RIPs em algumas máquinas ou a tirar partido total de alguns equipamentos (outros houve em que investi e dos quais nunca consegui tirar qualquer rendimento).

f/V. – Os investimentos realizados há dez anos eram maiores que na actualidade?
M.F. – Os primeiros anos foram muito difíceis. Os tempos passavam e não havia ninguém capaz de falar a linguagem digital. Em complemento, os custos do material eram muito elevados, bem como os equipamentos eram rudimentares.
Contudo, hoje, é muito fácil realizar trabalhar com excelente qualidade e de uma forma simples. Houve uma evolução brutal em poucos anos.

f/V. – Quais os trabalhos mais solicitados?
M.F. – Comecei a trabalhar em digital pelo retoque de fotografias antigas. Também fazia convites, lembranças e uma série de trabalhos que era possível realizar com o auxílio de um computador. A dificuldade, no início, encontrava-se a nível da impressão. As máquinas eram muito caras e difíceis de calibrar. Pelo que o marco constituído pela impressão directa em papel fotográfico foi uma conquista para os profissionais do canal da fotografia.

f/V. – Para além do minilab, quais são os equipamentos mais importantes na área digital?
M.F. – Os scanners e os backs foram duas grandes invenções na área digital, pois permitem ao fotógrafo continuar a realizar a actividade em suportes analógicos e armazenar e trabalhar as imagens com base em meios digitais.

f/V. – Em 1995, havia clientes para serviços digitais “topo de gama”?
M.F. – Não, os meus primeiros anos de experiência serviram essencialmente para aprofundar conhecimentos pessoais. Para além do tratamento de imagens antigas, havia poucos serviços “digitais” solicitados pelos clientes. Aliás, os mais complexos (“topo de gama”), devido ao trabalho que acarretavam e aos elevados custos de produção, nem sequer eram rentáveis.

f/V. – Face à experiência que tem, quais as diferenças mais notórias entre analógico e digital?
M.F. – A fotografia analógica é algo muito bonito. Mas, para ter impacto, é necessário fotografar, revelar e imprimir com qualidade. Três processos em que nenhum pode falhar para a imagem ser perfeita.
Comparativamente ao analógico, as câmaras digitais têm uma grande vantagem. O utilizador pode trabalhar cada tomada de vista num computador, mexendo em vários parâmetros até ter uma imagem tecnicamente perfeita. Quem sabe operar bem com as curvas de cor de uma aplicação informática de tratamento de imagem consegue realizar trabalhos notáveis.

f/V. – Qual foi o primeiro minilab digital com que teve contacto?
M.F. – Após a fase de impressão das imagens em impressoras laser, a tecnologia foi evoluindo até aparecer o primeiro protótipo da Gretag. A primeira máquina a imprimir directamente em papel através de um tubo de raios catódicos. Eu já tinha feito este processo com base num equipamento construído por mim, contudo tratou-se de uma experiência interessante mas sem valor comercial.

f/V. – Como avalia a qualidade dos equipamentos actuais?
M.F. – Hoje ainda não existe a máquina de impressão perfeita, mas a tecnologia aproxima o homem deste feito. Basta reparar como os equipamentos evoluíram em 10 anos.

f/V. – E a qualidade do software que incorporam?
M.F. – O software de alguns minilabs digitais já é bastante bom e tem a vantagem de ser aberto. Contudo, ainda pode ser melhorado, permitindo a utilizadores experientes trabalhar outros aspectos da tomada de vista. Falta, por exemplo, possibilitar a manipulação das curvas de cor.

Evolução do Processo Digital:

1992 Iniciamos em Portugal, a manipulação digital da fotografia e recuperação de fotos antigas com impressão laser a 400 DPI através de um rip da Canon PSIPU.

1993 Imprimimos directamente ficheiros digitais, em negativo e slide, com 4000 linhas.

1994 Imprimimos directamente ficheiros digitais, em Laser a cores de alta qualidade com RIP FiERY.

1995 Recebemos a 1ª câmara digital de alta resolução, com 129,1 MB reais, capaz de capturar imagens de altíssima qualidade.

1996 Imprimimos directamente ficheiros digitais, em ploter de grande formato com 127 cm de largo.

1997 Adquirimos o 1º minilab digital, ( proto.) de impressão directa em papel fotográfico até ao formato 20x30 cm ( velocidade 400 fotos hora ) imprimindo a partir de NEGATIVO, SLIDE, DISQUETE, CD, ZIP, PCMCIA.

1999 Instalamos o primeiro laboratório digital ( Konica QD21 ) de alta velocidade, reproduzindo imagens com uma qualidade nunca igualada, imprime a partir de NEGATIVO, SLIDE, DISQUETE, CD, ZIP, PCMCIA, INTERNET, com Terminal para o cliente manipular as suas próprias fotos, possibilidade de inserir directamente, textos ou logotipos, ampliação até 30x45 cm. Possibilidade de gravar os seus negativos ou slides em suporte digital.